Sexta-feira fez 216 anos que Maria Antonieta foi decapitada em Paris. Destinada, pelas razões de Estado, a casar-se com Luis 16, aos 14 anos, o casamento levou sete anos para consumar-se: como costumava ocorrer entre os varões das famílias dinásticas, em conseqüência da freqüente consagüinidade, defeito congênito impedia o intercurso conjugal. Entre outros casos de impotência anatômica entre os soberanos, é famoso o caso de Enrique 4º., da Espanha (Enrique, el impotente), cuja filha oficial, Juana, foi desalojada da herança do trono de Castela, quando de sua morte, pela tia, Isabel, a Católica. Era notório que o pai verdadeiro da infanta era Beltrán, um favorito de Enrique 4º, por isso era chamada de Juana, la beltraneja. Tendo em vista essa situação, a convolação das núpcias de Isabel, com Fernando, de Aragão – sobre o qual não havia suspeita de impotência - foi testemunhada por um grupo de nobres, que vistoriaram, nos lençóis, o sangue confirmador.
Segundo uma versão oficial, Luis 16 corrigiu cirurgicamente o defeito. Maria Antonieta, mesmo adolescente, conforme testemunhas da época, não perdeu tempo no intervalo e se cercou de um grupo de cortesãos, atentos e funcionais.
De caráter mais forte do que Luis, que, mesmo depois de coroado, em 1774, se dedicava à caça, às leituras e às artes, a jovem rainha era ambiciosa, perdulária, entregue ao luxo – e à luxúria. Sob sua influência, o rei desalojou do poder os ministros argutos que lhe aconselhavam reformas, a fim de resolver os graves problemas econômicos e reduzir a desapiedada exploração do povo pela nobreza. Durante o processo revolucionário, em que ainda havia a possibilidade de permanência do trono, se as reformas fossem empreendidas, ela se dedicou à intriga e ao comando da vontade frágil do marido. Buscou, mediante a solércia, influir sobre a Assembléia Nacional, cooptou Mirabeau, usou Barnave e outros representantes da direita, mas sua arrogância e seus ostensivos casos de adultério a fizeram odiada pelo povo.
Durante o processo contra o rei, seus advogados, Malesherbes, de Sèze e Tronchet, cuidaram de preservar a rainha, quando tinham argumentos que, ao acusá-la, serviriam para a defesa do soberano. Na manhã de 21 de janeiro de 1792, Luis foi levado à guilhotina. Segundo o duque de Orleãs, ele fora “vítima da igualdade”. Maria Antonieta esteve presa e isolada de todos, até 16 de outubro do ano seguinte, quando também foi levada à lâmina da máquina do Doutor Guillotin. Durante os vinte e dois meses, a jovem, filha de Francisco I e Maria Tereza da Áustria, deve ter meditado sua fatalidade. Nascida princesa, nada pôde saber da vida. Aos 14 anos, foi enviada à França para casar-se com um menino de 15. Durante os primeiros sete anos, conforme carta que enviou à mãe, o casamento não se consumou. Balofo, pálido, tímido, o marido em nada a seduzia. Viveu 19 anos como rainha, combatida pelos homens sensatos da Corte, mimada pelos bajuladores frívolos e abominada pelo povo.
Segundo uma versão oficial, Luis 16 corrigiu cirurgicamente o defeito. Maria Antonieta, mesmo adolescente, conforme testemunhas da época, não perdeu tempo no intervalo e se cercou de um grupo de cortesãos, atentos e funcionais.
De caráter mais forte do que Luis, que, mesmo depois de coroado, em 1774, se dedicava à caça, às leituras e às artes, a jovem rainha era ambiciosa, perdulária, entregue ao luxo – e à luxúria. Sob sua influência, o rei desalojou do poder os ministros argutos que lhe aconselhavam reformas, a fim de resolver os graves problemas econômicos e reduzir a desapiedada exploração do povo pela nobreza. Durante o processo revolucionário, em que ainda havia a possibilidade de permanência do trono, se as reformas fossem empreendidas, ela se dedicou à intriga e ao comando da vontade frágil do marido. Buscou, mediante a solércia, influir sobre a Assembléia Nacional, cooptou Mirabeau, usou Barnave e outros representantes da direita, mas sua arrogância e seus ostensivos casos de adultério a fizeram odiada pelo povo.
Durante o processo contra o rei, seus advogados, Malesherbes, de Sèze e Tronchet, cuidaram de preservar a rainha, quando tinham argumentos que, ao acusá-la, serviriam para a defesa do soberano. Na manhã de 21 de janeiro de 1792, Luis foi levado à guilhotina. Segundo o duque de Orleãs, ele fora “vítima da igualdade”. Maria Antonieta esteve presa e isolada de todos, até 16 de outubro do ano seguinte, quando também foi levada à lâmina da máquina do Doutor Guillotin. Durante os vinte e dois meses, a jovem, filha de Francisco I e Maria Tereza da Áustria, deve ter meditado sua fatalidade. Nascida princesa, nada pôde saber da vida. Aos 14 anos, foi enviada à França para casar-se com um menino de 15. Durante os primeiros sete anos, conforme carta que enviou à mãe, o casamento não se consumou. Balofo, pálido, tímido, o marido em nada a seduzia. Viveu 19 anos como rainha, combatida pelos homens sensatos da Corte, mimada pelos bajuladores frívolos e abominada pelo povo.
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